Processos adotados na pandemia já mudaram a forma de alugar imóveis
Como ações implantadas de forma obrigatória pelas empresas, especialmente as do ramo imobiliário, neste período de quarentena podem se tornar rotina no dia-a-dia de um aluguel de imóvel no futuro?Muito se tem falado, sejam críticas ou elogios, sobre as ações tomadas por governos em todo o mundo para conter o avanço da Covid-19. Mas, entre especialistas do ramo imobiliário, há uma certeza unânime: a pandemia não trouxe nenhum novo problema.
Isso porque, o que as pessoas, sejam empresários ou consumidores, buscam no momento são soluções que já existem, mas que por um motivo ou outro acabaram não sendo implementadas até agora.
“A Covid-19 não trouxe nenhum novo problema para ninguém. Tudo que aconteceu eram coisas que já sabíamos ou que tínhamos ciência, mas que talvez tenham sido potencializadas nesse momento de quarentena”, afirma o CEO do
Instituto Quebre as Regras (Instituto QR), Guilherme Machado.
Por conta dessa realidade, o que se observa é uma corrida quase desenfreada das empresas em estar no meio on-line neste momento, para que não precisem paralisar totalmente.
Nesse cenário, as empresas que focaram sua atuação online, com oferta de serviços remotos e outras vantagens da união entre os mundos digital e físico de forma antecipada estão conseguindo, neste momento, seguir trabalhando com menos impactos quando comparadas com empresas que precisaram se adaptar de última hora, ou aquelas que nem isso conseguiram.
Online não é só estar nas redesPor outro lado, diferente do que muita gente pensa, ter site ou contas em redes sociais não é suficiente. Para se estar online é preciso haver uma cultura do online, ou seja, se adaptar ao que o meio digital exige quanto a atendimento, já que a satisfação do cliente segue sendo o objetivo principal, independente da plataforma utilizada.
Essa condição aliada ao home office forçado que muitas empresas precisaram adotar, contribui para que vários setores e, em especial do ramo imobiliário, tendam a considerar o home office ou outras
formas mais flexíveis, seja em espaços de escritórios da própria empresa ou outros locais mais próximos de casa, como um novo espaço para a atuação de seus colaboradores.
O teste para isso está sendo feito agora!“Uma verdade em todo esse cenário que está sendo incontestável é o ganho de tempo e de produtividade que os profissionais estão tendo, por poderem acordar, tomar um café e ir para o trabalho. Nesse cenário, as empresas que olharem para o imobiliário corporativo do futuro tentando diminuir mobilidade de funcionários terão um ganho muito grande”, diz o CEO da Regus do Brasil, Tiago Alves.
Mudança na relação com sua casaNesse sentido, outra importante mudança ocasionada pela pandemia e que impactará a forma como as pessoas veem sua própria casa é a relação que elas estão tendo com os espaços. Nunca se passou tanto tempo em casa como neste momento. Por isso, a tendência é haver uma demanda maior por reformas ou por um aluguel de imóvel mais aconchegante, até como forma de garantia.
No Brasil ter um imóvel é uma forma de redimir os impactos causados por crises, já que esta não é a primeira e possivelmente não será a última crise que o país enfrentará. Uma prova da importância do setor imobiliário, é a capacidade de resiliência e a pouca volatilidade nos preços de imóveis, mesmo no auge da crise provocada pela Covid-19.
Assim, as perspectivas para o setor imobiliário no futuro são positivas. Empresas do setor seguem realizando compras e vendas, em especial aquelas que já possuíam o ambiente virtual como um complemento no atendimento aos clientes. Ou seja, sai na frente quem já tem a cultura do online.