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O QUE ESTÁ POR TRÁS DO BOOM DOS APARTAMENTOS PEQUENOS?

Os imóveis de hoje não são mais como os de antigamente. Enquanto os apartamentos e as casas dos nossos pais e avós reuniam diferentes e amplos espaços, agora o conceito é outro. Os imóveis na década de 1970 tinham, em média, 100 m², ao passo que os dados atuais mostram que mais da metade dos lançamentos de apartamentos contemplam áreas entre 30 e 45 metros quadrados. E a cada novo empreendimento, é possível notar a diminuição e a compactação dos ambientes. E isso tem um porquê: para a maioria da população, que necessita viver em um centro urbano, pode doer no bolso adquirir ou alugar um imóvel maior. Em consequência, as construtoras passaram a adotar essa tendência nos seus empreendimentos. Mas o boom das pequenas economias não é uma exclusividade brasileira. Esse movimento imobiliário já vem sendo notado há anos em grandes capitais mundiais, como Nova Iorque, Tóquio e Pequim, que também sofrem com a valorização dos imóveis centrais, resultando na diminuição dos espaços dos apartamentos e na migração das pessoas para áreas periféricas das cidades.